Em nossa primeira reunião do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), decidimos que queríamos sair da caixa dos temas comuns. Queríamos falar de social, ajudar a mudar vidas, mas unir inovação, tecnologia, atualidade, interatividade. A ideia nasceu: decidimos que faríamos um site gamificado com empreendedores da vila São Pedro, comunidade de São Bernardo do Campo. Empolgadas, fomos a campo e nos frustramos quando vimos que, sim, o comércio por lá é muito forte, mas que não eram bem o que procurávamos. A gente queria história do coração, negócios que lucrassem e fizessem o bem ao mesmo tempo, que fugissem de tudo o que estamos habituados a ver.

Em uma aula, ouvimos alguém dizer: “vocês já pesquisaram sobre empreendedorismo social?” Olhamos umas para as outras pensando no que seria, ouvimos e resolvemos pesquisar. Mas gente, que conceito complexo! Demorou um longo tempo (mesmo, cerca de dois meses) para entendermos o que é esse tipo de trabalho – e ainda estamos aprendendo.

Com o tempo, virou amor. 

Quanto mais a gente pesquisava, mais crescia essa admiração e paixão pelo trabalho que gera impacto social. Como era possível encontrar empresas tão ricas e que não ostentavam, pelo contrário, investiam em pessoas e causas? O empreendedorismo social deixou de ser uma pesquisa, um mero TCC, e virou um pedacinho de nós.

Um dia, ouvimos de uma de nossas entrevistadas algo que marcou a gente: “entre ganhar dinheiro e fazer o bem, fique com os dois”. O futuro? Como todo universitário no último semestre de faculdade, incerto. Mas se pintar uma oportunidade de trabalhar nesse ramo... pode ter certeza que a gente já está lá.